quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O Lobo e meu Avô..

O Lobo e meu Avô..

Uma história irei contar.. de meu avô Juan falar.. Passada em España, en tierras de Andalucia, sierra Morena por perto e muita tradição.. Eram tempos antigos, de confronto entre homem e campo.. Gado, cavalos eram transporte, riqueza e pobreza.. Lida do campo, agrícola e não só, tanto havia que nem poderei muito dizer, pois havia e há segredos de encantar.. Mas, a história simples e bela que me encantou e encanta.. a partilho e conto com prazer de neto, de homem que me prezo dizer "era meu Avô..."
Meu Avô vinha na sua montada e anoitecia, era inverno, vinha cansado e estafado da sua labuta diária e sem horário.. Seu cavalo nobre, seu companheiro conhecia o trilho e já sabia que na chegada não lhe faltaria escovagem, palha no pelo e manjedoura redobrada pelo esforço criado.. neste preâmbulo bucólico digo meu avô sabia da poda e conhecia sua besta e companhia com carinho e dedicação e beneficiava de seus alertas que lhe davam mais destreza e jóia.. Pois, meus amigos, montada pressentiu, cavalo de espírito rebelde, macho e inteiro, sabia que vinha bicho por perto e em perigo redobrado e criado.. Bicho havia e meu avô sabia ao ver porte de sua monta em trilho bravo e céu escurecido.. Bicho bravo e nobre, a respeitar e sabido, de chefia de matilhas credenciadas era um lobo alpha, um lobo preto de grande dimensão, da serra vinha, viajava só e buscava comida... Meu avô respeitava e sempre me ensinou a saber nem defrontar o que não é possível enfrentar e vencer, porque as forças da natureza nunca ninguém as venceu..Calmamente deu festas a sua montada, o sossegou e plantou o receio com raciocínio e inteligência, sem pavor, mas com medo contido de saber como enfrentar o desafio de lobo grande enfrentar.. Pois, me dizia ele.. que fazer meu querido, te ensino, pensar e decidir e mostrar lucidez e calma.. Então sabendo dos receios seus e do lobo, acendeu um cigarro, na boca aposto e de chama sempre acesa, entretida o acto e mostrava o domínio do maior receio de lobo.. Fogo.. Caminhou ele e sua montada, por entre árvores, pego, e bosque, era inverno e recordo, Andaluzia em inverno é charco e de difícil caminhar rápido.. Lobo espreitava e ele sabia que estava por perto, cheiro de mato, de animal sedento e com fome havia.. Como pode chegou à aldeia que primo dizer e divulgar.. Paymogo, terra nobre de castelo mouro e igreja adaptada de templo mouro.. Mas, a história nem fica por aqui, pois meu Avô sabia que se não enfrentas o teu desafio, mais tarde poderás ser de novo vítima e presa.. Entrou na sua casa.. descarregou seu cavalo, lhe deu comida e bebida, manteve sela e albarda e pegando na sua arma de caça, remontou e saiu enfrentando fera nobre e bela que o esperava no recanto do bosque, de los pinos del coto... Após enfrentar e digno de olhar, nem sei o que ele sentiu, mas sempre me mostrou admiração pela natureza e me incutiu profundo respeito por besta e animal.. Lobo foi morto nesse dia, sua pele curtida e na casa se manteve como símbolo de coragem e respeito, enfrenta e e respeita animal e família sem ódios nem rancores de quem é nobre e humano.. Esta é a minha origem, a minha fibra, o meu olhar, a minha tradição que sempre enfrento e defendo.. Homenagem a meu Avô sublime do qual prezo recordação de sua barba que picava e de seu chapéu de aba larga e do seu imenso sorriso e do qual mantenho a minha feição e herança...

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